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BONITO-MS: O QUE AS FOTOS NÃO REVELAM!

Que Bonito é bonito, isso todo mundo sabe! Mas só quem já “turistou” por aquelas bandas pode dizer o que se tem por lá, além das paisagens bonitas. 
Neste post revelo o que vi e o que senti na capital brasileira do ecoturismo.
Antes, porém, vou contar como foi viajar, pela primeira vez, pelo Hotel Urbano.

 

HOTEL URBANO – BONITO: AÉREO + 7 DIAS DE HOSPEDAGEM = R$ 699

Em novembro de 2018 comprei esse pacote parcelado em 6 x no cartão. Escolhi 3 opções de datas para viajar, conforme as regras do contrato, todas para o mês de maio de 2019. Logo em seguida, recebi um e-mail com o número do pedido e a seguinte mensagem:

“Seu processo de reserva está iniciado. Fique tranquilo, agora é só aguardar. Entraremos em contato no prazo de até 45 dias antes da primeira data escolhida.”

No prazo prometido, enviaram os dados do voo pela Gol, sem direito a despacho de bagagem, com a seguinte informação:

“Observe que você comprou apenas um voucher da opção apartamento duplo (que acomodam 02 pessoas), sendo assim será necessário o pagamento de diferença para quarto individual, no valor de R$ 525,00.”

Eu não havia notado que para o pacote ser válido deveria ter 2 pessoas, apesar do anúncio informar que a acomodação seria em apartamento duplo. Sinceramente, pensei que iria compartilhar o quarto com alguma parceira de viagem, que também tivesse comprado o pacote! Tive que pagar a diferença!

Dez dias antes do meu embarque, enviaram o voucher da confirmação da viagem e da hospedagem, que apesar de simples, era bem localizada e oferecia um bom café da manhã.

Fora a minha falta de atenção lá no início do processo, não tive imprevistos! Fiquei satisfeita!

 

Pousada Pantaneira

 

Agora vamos à segunda parte…

 

TURISMO EM BONITO

Rincão Bonito foi o nome original de uma grande propriedade de terra, localizada no Centro-Oeste do país.

Há milhões de anos, essa área era um antigo oceano que, devido a transformações naturais do planeta, se tornou um planalto de rochas de calcário.

Essa origem geológica contribuiu para a formação de rios de águas cristalinas, inúmeras cavernas e cachoeiras com pequenas quedas d´água.

Uma diversidade espetacular de fauna e flora complementaram o ambiente, endossando a escolha do sugestivo nome da localidade.

 

 

Aproveitando a vocação natural do lugar para o turismo, desenvolveram, com muito profissionalismo, um sistema de administração que integra todos os segmentos envolvidos: atrativos naturais, agências, guias, transportes, hotéis, restaurantes, associação comercial e prefeitura.

Nesse sistema, além da preocupação com a sustentabilidade e o desenvolvimento de mão de obra qualificada, ainda é oferecida educação ambiental para a comunidade.

Atualmente, a cidade de Bonito é um modelo para o ecoturismo!

 

 

 

O QUE AS FOTOS NÃO REVELAM…

Diante desse panorama descrito acima e conversando com um e outro, foi fácil perceber uma cidade simples, porém aberta, integrada, comunicativa, comprometida, solidária e orgulhosa!

O profissionalismo levado de uma forma descontraída chamou tanto a minha atenção que, por incrível que possa parecer, o encanto pelos lindíssimos atrativos naturais ficou em segundo plano! Nem mesmo acredito que estou dizendo isso!

Mas foi assim! Saí de lá com um sentimento diferente, um sentimento de esperança! Porque vi que naquele pedacinho do Brasil, parece que todos jogam no mesmo time!

 

 

 

COMO CHEGAR

Bonito tem aeroporto próprio, mas a grande maioria dos turistas desembarca em Campo Grande, devido à maior quantidade de voos e, consequentemente, menor custo.

São 300 km de Campo Grande até Bonito, em 5 horas de viagem de van, que pode ser contratada no desembarque, ou, antecipadamente, através de uma agência, por R$ 100.

Outra opção, que vale a pena para mais de 2 pessoas, é alugar carro em Campo Grande e fazer todos os passeios por conta própria – tudo é muito bem sinalizado! Para se ter uma ideia, o custo de ida e volta por pessoa, para cada passeio em van compartilhada, fica em torno de R$ 70.

 

 

 

COMO FUNCIONA

Para ter acesso aos atrativos da região é preciso comprar as entradas antecipadamente, incluindo o transporte, se for o caso, em qualquer agência de turismo da cidade.

O INGRESSO NÃO É VENDIDO NA PORTA DO ATRATIVO! JÁ TEM QUE CHEGAR COM O VOUCHER NA MÃO!

O preço dos passeios é tabelado de acordo com a alta ou baixa estação e é recomendável comprar com antecedência, principalmente na alta temporada, pois há limite diário de visitantes nos atrativos.

 

AGÊNCIAS

Existe uma grande quantidade de agências de turismo na cidade. Algumas delas disponibilizam em seus sites um simulador de preços, com fotos e informações de todos os passeios.

Eu usei esse simulador e contratei, antes de viajar, a agência ABN, a qual recomendo pelo atendimento link aqui. Eles organizaram a agenda de forma a otimizar o meu tempo! Recebi uma pastinha com os vouchers de todos os passeios e transportes, organizados, um por um, com as informações e horários de saída/chegada. Eles também disponibilizaram dois números de whatsapp, para caso de necessidade.

 

PASSEIOS

Existem 10 categorias de passeios:

– Atrações urbanas – 3 atrativos
– Aventura – 9 atrativos
– Balneários – 3 atrativos
– Cavalgada – 3 atrativos
– Cavernas – 3 atrativos
– Flutuação – 3 atrativos
– Mergulho autônomo – 3 atrativos
– Observação de aves – 1 atrativo
– Pantanal – 4 atrativos
– Trilhas e cachoeiras – 5 atrativos

Como há uma grande variedade de opções e a escolha dos passeios é uma questão muito pessoal, sugiro consultar o simulador de preços para ajudar na decisão link aqui.

Outra coisa que achei bem legal é que a cada dia a gente convive com um grupo de turistas diferente e dá para se fazer muitas amizades! Dá até para combinar de rachar o jantar em um restaurante mais caro, por exemplo, como eu fiz.

 

ONDE FUI

 

GRUTAS SÃO MIGUEL – O acesso do receptivo até a gruta é por pontes suspensas na copa das árvores, o que já faz você entrar no clima de explorador! Dentro da gruta encontramos verdadeiras obras-primas esculpidas nas rochas, ao longo do tempo. Curiosidade: a palavra “espelunca” vem da mesma origem da palavra “espeleologia” que é a ciência que estuda as cavernas. Faz todo o sentido quando a usamos no dia a dia, não é mesmo?

 

 

 

GRUTA DO LAGO AZUL – Tombada como Monumento Natural é um dos cartões postais de Bonito e responsável pelo início do desenvolvimento do ecoturismo na região. Mergulhadores já encontraram fósseis de animais pré-históricos, como uma preguiça gigante e um tigre dente de sabre e até hoje não se sabe a profundidade do lago, nem de onde vem sua água!

 

 

 

BOIA CROSS – CABANAS – O Hotel Cabanas, que fica perto do centro de Bonito, possui uma boa estrutura para o turismo de aventura, mesmo para não hóspedes. No boia cross o desafio é não cair na água na primeira cachoeira que é conhecida como “batismo”!  

 

 

 

FAZENDA CEITA CORÊ – Das 4 fazendas com trilhas e cachoeiras que visitei, é a que tem a sede do receptivo mais bonita e aconchegante. Precisa cuidar para não exagerar no delicioso almoço, já incluso no day use, para tentar, na parte da tarde, um mergulho na caverna da nascente de águas azuis, que devido à pressão d’água, te empurra de volta à superfície.

 

 

 

ESTÂNCIA MIMOSA – As grandes atrações são o jacaré Tony e a plataforma de salto em uma das cachoeiras, com 6 m de altura. É muito pitoresco também acessar o início da trilha com um barquinho a remo.

 

 

 

AQUÁRIO NATURAL – Águas cristalinas e principalmente uma enorme quantidade de peixes que não se intimidam com a presença dos turistas são o que diferencia esta flutuação das outras. No retorno à sede do receptivo, pela trilha em volta da propriedade, dá para ver alguns animais como jacaré, tamanduá-bandeira, anta e porquinhos do mato. Curiosidade: A anta é um bicho que, por ter um corpo grande e não enxergar direito, sai derrubando tudo o que encontra pela frente ao correr desenfreadamente, quando perseguida. Por isso a associação do animal a alguém “tapado”. 

 

 

 

RIO DO PEIXE – É um atrativo que parece uma obra de paisagismo desenhada harmoniosamente pela Mãe Natureza! Os pontos altos são o salto em um poço de cachoeira de 4 m de altura e em seguida nadar por entre a fenda de duas rochas, a selfie com as araraúnas (araras azuis) e o almoço, o melhor de todos, incluso no day use.

 

 

 

BOCA DA ONÇA – Os 886 degraus da escadaria do paredão do cânion do Rio Salobra, o maior rapel de plataforma do Brasil com 90 m de altura, a cachoeira Boca da Onça (a maior do estado de MS) e a cachoeira Buraco do Macaco – a mais legal de todas – na minha opinião, devido ao seu acesso ser a nado por dentro de uma caverna, fazem desse atrativo um verdadeiro “playground” de aventuras! 

 

Cachoeira Boca da Onça

 

PROJETO JIBOIA – Se algo me surpreendeu de verdade, considero que foi a palestra desse projeto! Ressaltou a importância das serpentes para o equilíbrio ecológico, por serem as principais predadoras dos roedores e nos passou uma rápida ideia dos seus hábitos e comportamento, quebrando paradigmas e preconceitos contra esses animais!

 

 

 

BURACO DAS ARARAS – É uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, uma área para a observação das aves. Foi criada pela vontade do seu proprietário, o Seu Modesto, que assumiu um compromisso com a conservação da natureza! Não deixe de incluir no roteiro!

 

 

 

RIO DA PRATA – A flutuação no Rio da Prata é a mais famosa e a de maior duração da região – cerca de 1 hora dentro d’água. Começa na nascente do rio Olho D’Água, com águas cristalinas e uma grande quantidade de peixes, até o encontro com o Rio da Prata que tem águas turvas e temperatura fria. Por ser uma das atrações mais concorridas, é recomendável reservar com bastante antecedência!

 

 

 

NÃO DEIXE DE FAZER

– Assistir à palestra do Projeto Jiboia e tirar foto com uma jiboia no pescoço – Eu jamais pensei que um dia faria isso!

– Comer traíra no restaurante Casa do João

– Comer piraputanga no restaurante Pantanal Grill

– Comer dourado na brasa no restaurante Sabor na Brasa

– Provar as iscas de jacaré do restaurante Pantanal Grill

– Provar o sorvete assado

 

Dourado na brasa

 

O QUE LEVAR

– Repelente
– Protetor solar
– 1 par de tênis
– 1 par de chinelos
– Sapatilhas aquáticas
– Roupa de frio para o outono/inverno
– 2 peças de banho – biquini/maiô/sunga
– Toalha de natação com tecido de secagem rápida
– Camisa UV de manga comprida e calça leggin para usar nas trilhas para não ser devorado por mosquitos – O repelente não fixa porque a pele fica o tempo todo molhada, por causa do entra-e-sai das cachoeiras, ao longo do caminho.

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